Autor: Teodorio Arão Santos de Oliveira
Engenheiro de Segurança contra Incêndio e Pânico
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O chuveiro automático para controle ou supressão de incêndios (sprinklers) é um dispositivo pulverizador de água para supressão ou controle de incêndios, que funciona automaticamente quando seu elemento termossensível é aquecido à sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo que a água seja descarregada sobre uma área específica.
Os componentes básicos podem ser vistos no chuveiro automático tipo ampola (Figura 1.a) e chuveiro automático tipo liga fusível (Figura 1.b) e a sua descrição na Tabela 01.
Figura 1 – Bico de chuveiro automático – tipo ampola (a) e tipo liga fusível (b)/Fonte: Instituto Sprinklers
Conforme visto na Figura 1.a e Figura 1.b os tipos de chuveiros automáticos são classificado conforme o tipo de elemento termossensível pode ser: chuveiro automático com elemento termossensível do tipo liga fusível e chuveiro automático com elemento termossensível do tipo ampola de vidro conforme Tabela 02.
A classificação dos chuveiros quanto à distribuição de água pode ser: chuveiro de cobertura-padrão, chuveiro de cobertura estendida, chuveiro tipo spray, conforme descrito na Tabela 03.
A classificação dos chuveiros quanto à velocidade de operação pode ser: chuveiro automático de resposta rápida e chuveiro automático de resposta padrão, conforme visto na Tabela 04.
A classificação dos chuveiros quanto à orientação e instalação pode ser: chuveiro em pé, chuveiro embutido, chuveiro flush, chuveiro lateral, chuveiro oculto e chuveiro pendente conforme descrito na Tabela 05.
A classificação dos chuveiros automáticos quanto às condições especiais de uso pode ser: chuveiro decorativo, chuveiro resistente à corrosão e chuveiro seco conforme Tabela 06.
A classificação do chuveiro quanto às características de desempenho e projeto pode ser: chuveiro automático de controle para aplicações específicas (CCAE) e chuveiro automático de resposta e supressão rápidas (ESFR) conforme descrito na Tabela 07.
Cada chuveiro automático deve ter a seguinte identificação:
- nome ou marca registrada do fabricante;
- identificação do modelo;
- código de identificação do fabricante;
- letra código;
- ano de fabricação nominal, que pode incluir os últimos três meses do ano anterior;
- temperatura nominal de operação.
A identificação deve ser marcado de forma permanente em partes não removíveis, excetuando-se os chuveiros automáticos com elemento termossensível do tipo liga fusível, que podem ter a temperatura nominal de operação no próprio elemento termossensível.
Em chuveiros automáticos com elemento termossensível do tipo liga fusível, a identificação deve ser aplicada nos braços do chuveiro.
Em chuveiros automáticos com elemento termossensível tipo ampola, a temperatura nominal de operação deve ser indicada pela cor do líquido da ampola.
Os chuveiros automáticos laterais não horizontais devem incluir claramente o sentido do fluxo de água. Os chuveiros automáticos laterais horizontais devem incluir marcação clara para indicar a sua orientação.
A letra do código (conforme alínea d) é representada pelas siglas ou combinações destas e devem ser indicadas, quando aplicáveis, nas partes removíveis dos chuveiros automáticos. As siglas podem ser vistas na Tabela 08.
Canoplas de chuveiros automáticos do tipo embutido e placas protetoras de chuveiros automáticos do tipo oculto devem possuir marcações que indiquem os modelos de chuveiro automático com os quais devem ser utilizadas, exceto quando tais peças forem partes que não podem ser removidas.
Placas protetoras de chuveiros automáticos do tipo oculto devem possuir, na sua superfície externa, marcação permanente com as palavras “NÃO PINTAR” e/ou “DO NOT PAINT”.
Os componentes estampados não podem apresentar qualquer tipo de trinca, rachadura ou rebarbas.
Os defletores devem estar bem fixados ao corpo do chuveiro automático, de forma que não girem ou possam ser desmontados.
Os chuveiros devem ser desenhados e fabricados de forma que a carga de montagem ou substituição dos elementos de operação não seja possível sem que danos permanentes ao chuveiro possam ser facilmente observados.
Apenas os fabricantes podem aplicar qualquer tipo de acabamento, pintura ou revestimento ao chuveiro, e tal procedimento deve fazer parte do processo de produção e de controle de qualidade.
Todos os materiais utilizados na produção dos chuveiros automáticos devem estar de acordo com a sua finalidade.
Partes dos chuveiros automáticos expostas ou mantidas em contato com água devem ser construídas com materiais resistentes à corrosão.
É vedada a utilização de quaisquer elementos elastoméricos, como o-rings na vedação do obturador.
Chuveiros automáticos com elementos termossensível do tipo liga fusível devem ser identificados utilizando o código de cores conforme descrito na Figura 2.
Pelo menos 50% da superfície de cada braço do corpo devem ser pintados com tinta da cor representados na Figura 2. A pintura deve ser visível a partir de qualquer direção.
Chuveiros automáticos com elementos termossensível do tipo liga fusível dotados de revestimento metálico protetor ou pintados em fábrica com cores decorativas, ou chuveiros do tipo oculto, embutido e flush, não precisam ser identificados com cor.
Chuveiros automáticos que utilizem elementos termossensíveis do tipo ampola de vidro, incluindo aqueles revestidos ou pintados em fábrica com cores decorativas, ou chuveiros do tipo oculto, embutido e flush, devem ter o líquido contido em suas ampolas na cor indicada na Figura 2.
A coloração do líquido da ampola deve ser considerada um método de identificação válido, quando em adição à marcação permanente feita em outro local do chuveiro automático.
Os ensaios laboratoriais devem ser realizados para cada tipo de chuveiro automático.
Antes do início dos ensaios, para cada modelo de chuveiro automático a ser avaliado, deve ser apresentado um desenho de conjunto e as especificações técnicas, contendo as dimensões dos componentes e do chuveiro automático montado, em escala apropriada para leitura e interpretação dos desenhos.
Os chuveiros automáticos devem ser ensaiados considerando todos os componentes apresentados no projeto técnico do produto e de acordo com a sua orientação de instalação.
Todos os chuveiros automáticos que compõem a amostra a ser submetida aos ensaios laboratoriais devem ser unidades plenamente representativas das linhas normais de produção e comercialização do fabricante.
Os ensaios laboratoriais são:
- exame visual;
- estanqueidade;
- resistência hidrostática;
- exposição ao calor para chuveiros com ampolas de vidro;
- choque térmico;
- funcionamento;
- resistência à vibração;
- resistência ao impacto;
- resistência à corrosão;
- resistência ao golpe de aríete;
- resistência ao vazamento por 30 dias;
- resistência ao vácuo;
- resistência ao calor;
- temperatura;
- distribuição de água;
- sensibilidade térmica – determinação do índice de tempo de resposta (ITR) e fator de condutividade (C);
- vazão (fator K); e
- ensaio para verificação da capacidade de penetração das gotículas de água de chuveiros ESFR na coluna de ar quente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 16400: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
SKOP, E-book: Sprinklers – O guia essencial.
SPRINKLERS, Instituto. Fundamentos de Segurança contra Incêndio em Edificações – Proteção Passiva e Ativa, Chuveiros automáticos para extinção de incêndio, Nilton Miranda, 247-263, São Paulo, 2019.