Alarmes Visuais e Sonoros: Entenda as Situações em que São Obrigatórios
1. A função dos alarmes visuais e sonoros no sistema de incêndio
Os alarmes visuais e sonoros são componentes fundamentais dos sistemas de alarme de incêndio, responsáveis por alertar os ocupantes da edificação sobre a ocorrência de uma emergência. Eles são acionados automaticamente pela central ou por meio dos acionadores manuais, promovendo a evacuação imediata.
De acordo com a IT-19/2025 do Corpo de Bombeiros de São Paulo, esses dispositivos devem garantir que todos os ocupantes recebam o alerta, independentemente de sua localização ou condição física. Por isso, sua instalação estratégica é essencial.
A presença desses alarmes visa reduzir o tempo de resposta em casos de incêndio, proporcionando uma evacuação rápida e segura, minimizando riscos à vida e aos bens patrimoniais.
2. Quando os alarmes sonoros são obrigatórios segundo a IT-19/2025
Segundo o item 4.12 da IT-19/2025, os alarmes sonoros devem ser instalados em todos os ambientes com permanência humana, sendo parte obrigatória dos sistemas tipo 1, 2 e 3. O som emitido deve ser distinto de outros sons ambientes e audível em qualquer ponto da edificação.
A intensidade mínima do alarme sonoro deve ser de 65 dB(A) a 1 metro de distância. Em ambientes com ruído elevado, o som do alarme deve estar pelo menos 15 dB(A) acima do nível médio de ruído, para garantir que seja percebido mesmo em áreas ruidosas.
Esses requisitos têm como objetivo garantir a efetividade do aviso de evacuação, mesmo em locais com atividade constante, como cozinhas industriais, áreas técnicas ou fábricas com maquinário em operação.
3. Situações em que os alarmes visuais são exigidos
A obrigatoriedade dos alarmes visuais está prevista no item 4.13 da IT-19/2025. Eles devem ser instalados em locais onde há pessoas com deficiência auditiva, ambientes com ruído constante ou onde não seja possível garantir a percepção sonora adequada.
Exemplos incluem banheiros acessíveis, salas de máquinas, casas de bombas e cozinhas industriais. Nesses locais, os sinalizadores luminosos aumentam a efetividade do sistema, assegurando que todos os ocupantes sejam alertados.
Os alarmes visuais também são exigidos em rotas de fuga, para reforçar a sinalização de emergência, e devem ser sincronizados com os dispositivos sonoros, garantindo um alerta coordenado em toda a edificação.
4. Requisitos técnicos para a instalação dos alarmes
A norma exige que os alarmes visuais e sonoros sejam instalados em conformidade com o projeto técnico aprovado e em locais onde possam ser facilmente percebidos. Eles devem estar posicionados em altura visível, sem obstruções, e com sinalização complementar quando necessário.
Os dispositivos devem possuir certificação e atender aos padrões de desempenho especificados pela IT-19/2025. Os sinalizadores visuais devem emitir luz intermitente de intensidade adequada para visibilidade em ambientes com ou sem iluminação artificial.
A central deve controlar os dispositivos de forma sincronizada, permitindo ativação por setor ou geral. Essa configuração permite ações localizadas ou evacuação completa, dependendo da natureza da emergência.
5. Integração com a central de alarme e supervisão dos dispositivos
Os alarmes visuais e sonoros devem estar conectados à central de alarme, que é responsável por seu acionamento e supervisão. A IT-19/2025 determina que a central deve identificar falhas nos dispositivos e emitir sinalização específica em caso de inoperância.
Nos sistemas tipo 1 e 2, essa supervisão é obrigatória, garantindo que qualquer falha em sinalizadores seja detectada e corrigida rapidamente. Essa função é essencial para garantir a integridade do sistema e sua prontidão em emergências.
Durante os testes e manutenções periódicas, a funcionalidade dos alarmes visuais e sonoros deve ser verificada e registrada em relatório técnico assinado por profissional habilitado, conforme item 4.25 da norma.
6. Manutenção e testes regulares dos alarmes audiovisuais
A manutenção dos alarmes visuais e sonoros deve ser realizada de forma periódica para garantir seu pleno funcionamento. A norma estabelece que esses testes sejam feitos conforme orientações do fabricante e documentados adequadamente.
Durante as inspeções, deve-se verificar o nível sonoro, intensidade da luz, funcionamento sincronizado e tempo de resposta após o acionamento da central. Equipamentos com falhas devem ser substituídos ou reparados imediatamente.
A negligência na manutenção desses dispositivos pode comprometer a eficácia do sistema, prejudicar a evacuação e resultar na reprovação durante a vistoria do Corpo de Bombeiros para emissão ou renovação do AVCB.
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