O Laudo de Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento (CMAR) foi criado com o objetivo de garantir maior segurança para as edificações e seus ocupantes. Por meio das normas vigentes, ele garante que os edifícios possuam materiais de acabamento e revestimento que são próprios para a sua estrutura e tipo de ocupação, além de assegurar que em caso de incêndio, os materiais não se transformem em armas contra as pessoas que estão em busca de uma saída.
Esse tipo de documentação precisa ser elaborada por um responsável técnico, seguindo as normas e padrões estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros, incluindo a análise de todos os materiais que são usados na estrutura do edifício.
O processo de regularização começa com o Projeto de Prevenção de Combate a Incêndio (PPCI), que classifica os materiais utilizados e aponta a necessidade de possíveis proteções. Após essa análise, é feita a instalação dos materiais e a emissão do CMAR.
CMAR: como são feitos os testes nos materiais de acabamento e revestimento
O Corpo de Bombeiros reconhece alguns laboratórios para fazer os testes específicos para a emissão do CMAR. Entre eles estão o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Grupo Falcão Bauer e Instituto Tecnológico de Ensaios (ITEN).
Os testes feitos nos materiais de acabamento e revestimento levam em consideração vários critérios que são importantes durante um incêndio, entre eles:
- Índice de propagação superficial de chama;
- Fluxo de energia radiante necessário à manutenção da frente de chama no corpo de prova;
- Densidade ótica específica máxima;
- Tempo de flamejamento do corpo de prova;
- Índice da taxa de desenvolvimento de calor;
- Propagação lateral da chama;
- Liberação total de calor do corpo de prova mediante exposição às chamas.
Por meio dessa análise é possível prever a maneira como o material irá se comportar durante um caso de incêndio, avaliando a necessidade de aplicação de proteção passiva em forros e pisos, por exemplo, com o objetivo de diminuir os riscos decorrentes da queima dos materiais.
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