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A IMPORTÂNCIA E CONSERVAÇÃO DO SISTEMA DE SPRINKLERS

A IMPORTÂNCIA E CONSERVAÇÃO DO SISTEMA DE SPRINKLERS

 

Autor: Teodorio Arão Santos de Oliveira

Engenheiro de Segurança contra Incêndio

 

O período de 1 a 3 minutos um incêndio pode chegar ao seu flashover, esse é o momento em que os gases provenientes da queima chegam a temperaturas que levam à ignição espontânea de materiais, mesmo sem contato direto com a chama. A partir desse ponto, o incêndio se alastra rapidamente, atingindo áreas adjacentes ao local onde o fogo teve início, arruinando tudo ao seu redor. Perde-se o controle e o combate adequado não é possível.

 

Em situações como esta, o trabalho do Corpo de Bombeiros é apenas controlar o incêndio para que ele não tome maiores proporções e atinja edificações vizinhas. Em casos como esse, por mais próximo que a brigada e o corpo de bombeiros estejam do foco, é impossível chegar ao local do incêndio em menos de três minutos. Nesses minutos que ocorre o incêndio, os sprinklers são os primeiros que “chegam ao local”, antes mesmo do Corpo de Bombeiros.

 

Portanto, é essencial que o estabelecimento possua proteção automática contra incêndio (sistema de sprinklers) juntamente com outras medidas que dificultem sua propagação e auxiliem na retirada de pessoas que estejam no local. Atenuar o fogo em seu início pode evitar uma grande catástrofe.

 

Sprinklers de qualidade (certificados) não têm um prazo de validade determinado, contudo há uma periodicidade máxima para a execução de testes em amostras retiradas da instalação. O que vai garantir a funcionalidade, não só do sprinkler, mas também de todo o sistema de combate, são as condições de conservação e periodicidade de revisão do sistema.

 

Uma decisão importante que pode fazer toda a diferença e garantir o bom funcionamento dos chuveiros automáticos instalados no empreendimento é um bom planejamento de manutenção/revisão periódica. Mesmo que estejam instalados corretamente é essencial realizar a manutenção periódica para manter o cuidado essencial.

 

A responsabilidade do gestor do empreendimento é contratar uma empresa especializada, capaz de executar todos os procedimentos preventivos em um sistema de chuveiros automáticos. Isto inclui, além da manutenção do sprinkler, a manutenção da tubulação e bombas do sistema.

 

A ABSPK recomenda pelo menos três tipos de programa de segurança para garantir que a rede de incêndio esteja sempre em condições de funcionamento são eles:

 

  1. Programa de inspeção, teste e manutenção;
  2. Programa de etiquetagem para identificação; e
  3. Programa de gestão de mudanças.

 

 

O programa de inspeção, teste e manutenção é o mais importante dos três programas recomendados.

 

Neste programa, verifica-se se todas as válvulas estão na posição correta (abertas ou fechadas), permitindo o fluxo de água pela tubulação. Deve-se verificar também se as bombas, coração do sistema, estão prontas para funcionar.

 

O programa de etiquetagem para identificação ajuda a garantir que o sistema de incêndio volte a operar em ótimas condições após uma manutenção. As válvulas devem estar sempre devidamente identificadas com uma etiqueta padrão para que, após o reparo, as válvulas voltem à posição original (abertas ou fechadas) e as etiquetas sejam retiradas.

 

Paradas de sistema podem acontecer de forma programada ou inesperada. Portanto, é importante a identificação e comunicação com todos os envolvidos no processo e interessados na proteção da edificação.

 

O programa de gestão de mudanças ajuda a verificar se fatores, tais como novos inquilinos, novo layout ou novas ocupações exigirão alterações na rede de incêndio. A cada mudança, por mais simples que possa parecer, o responsável técnico ou projetista capacitado deve ser consultado. Uma reforma não comunicada pode deixar a área envolvida desprotegida.

 

Todos os programas citados possuem características semelhantes e devem ser registrados por escrito, assim como todas as inspeções e intervenções devem ser registradas em formulários padronizados.

 

A frequência de execução dos procedimentos de inspeção deve ser definida previamente e cumprida conforme procedimento estabelecido, por exemplo, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, etc.

 

Todos os formulários devem ser enviados à gerência ou administração da edificação para que tenham ciência das deficiências encontradas e arquivadas para consulta futura.

 

Para programas deste tipo, a gerência deve tomar medidas corretivas quando forem identificadas deficiências que podem tornar o sistema inoperante.

 

O reservatório do sistema de incêndio deve possuir a quantidade de água estipulada nas legislações e normas. É essencial que esteja sempre com água suficiente e que haja uma verificação mensal para garantir isso. Durante um sinistro, será tarde demais para corrigir o problema.

 

Para que a medição possa ser realizada, algumas alternativas são viáveis. Uma régua de volume fixada na parede externa do tanque ou um manômetro bem calibrado são eficientes para a medição. Alguns outros meios digitais de medição também são possíveis. Eles possibilitam inclusive conexão direta com um sistema de supervisão ou central de alarme. Uma vistoria mensal das paredes externas e tubulações que alimentam as bombas também devem ser realizadas. Isso é importante para garantir que não existam vazamentos, sinais de corrosão ou danos físicos à estrutura.

 

Para que ocorra o fornecimento correto de toda a água do sistema de incêndio, deve-se garantir que as válvulas estejam na posição correta (abertas ou fechadas). Uma corrente com cadeado é a melhor opção em termos de eficiência, viabilidade técnica e custo.

 

Se a capacidade de reposição de água do reservatório não for capaz de encher o mesmo completamente em até 6 horas, um plano de enchimento alternativo com caminhões pipa deve ser elaborado incluindo o mapeamento de fornecedores para que o cumprimento do tempo seja atendido.

 

Todo o entorno do reservatório deve ser de fácil acesso, livre de obstruções e de materiais combustíveis.

 

Para o reservatório deve-se verificar se:

 

  1. O tanque está cheio no momento da inspeção;
  2. Todas as válvulas estão abertas e trancadas com cadeado;
  3. O tanque está em bom estado de conservação e livre de corrosão;
  4. A área ao redor do tanque está limpa, sem lixo e sem sinais de corrosão;
  5. Há reposição automática de água e se a bomba de reposição está em bom estado de conservação;
  6. Toda a tubulação de interligação (reservatório/bombas) está em bom estado de conservação (sem vazamentos, corrosão, etc.).

 

As bombas de incêndio são o coração do sistema, pois fornecerão todas as condições necessárias de pressão e vazão previamente dimensionadas em projeto. Por serem cruciais ao sistema, exigem uma série de inspeções e testes periódicos.

 

Um primeiro ponto a se ter em mente é de que, para a correta operação do sistema, é necessário dispor de uma casa de bombas limpa e com boas condições de circulação. Toda a operação nesse ambiente exige espaço e os manuseios devem ser fáceis e rápidos de se executar.

 

Tudo isso garantirá sua eficácia em uma emergência. Para que não ocorra um incêndio no coração do sistema, ele deve estar 100% pronto para operar. Portanto, a casa de bombas não deve ter acúmulo ou estocagem de qualquer produto. A casa de bombas deve permanecer trancada. Porém, seu acesso deve ser possível 24h por dia e 7 dias por semana às pessoas autorizadas e é necessário haver um procedimento de correta identificação e de comunicação.

 

Os conjuntos de motobombas devem entrar em operação semanalmente: 10 minutos para motores elétricos e 30 minutos para motores a diesel, para que sejam verificadas todas as condições de funcionamento. Esta operação normalmente é feita com a reversão de água descarregando no próprio reservatório quando há medidores de vazão (flow-meter) ou pela drenagem da água que sai das pequenas válvulas de alívio na carcaça das bombas ou trocadores de calor de motores diesel. Não é recomendável o fechamento da válvula que abastece o sistema, pois em uma eventual emergência, as bombas já estão funcionando e fornecerão água para os equipamentos. Para as bombas de incêndio é importante:

 

  1. Garantir que a bomba reserva esteja em total disponibilidade em caso de necessidade;
  2. Caso não exista bomba reserva, seguir o sistema de identificação de sistema inoperante e comunicar todos os envolvidos no sistema e eventualmente a seguradora e Corpos de Bombeiros.

 

O painel de comando das bombas também exige atenção especial e deve ser instalado de acordo com as normas. As bombas de incêndio (principal e reserva) são ligadas automaticamente e só podem ser desligadas manualmente. A bomba Jockey liga e desliga automaticamente. Alguns itens devem ser verificados para que a qualquer momento em que possa ser necessária a atuação da(s) bomba(s), todos os suprimentos estejam adequados.

 

Para bomba diesel deve-se verificar se:

 

  1. O tanque de combustível está pelo menos 2/3 cheio;
  2. Há dois conjuntos de baterias conectados ao motor, afastados do piso e sem sinais de corrosão nos terminais;
  3. A bomba é acionada por 30 minutos todas as semanas (com vazão zero);
  4. O nível de óleo está adequado.
  5. O nível de água do trocador de calor está adequado.
  6. O nível de água da bateria é adequado.
  7. A bomba apresenta vazamentos ou vibração excessiva, quando em funcionamento.

 

Para a bomba elétrica deve-se verificar se:

 

  1. A bomba é acionada por 10 minutos todas as semanas (vazão zero); e
  2. Quando em funcionamento, a bomba apresenta vazamentos ou vibração excessiva.

 

Para a casa de bombas deve-se verificar se:

 

  1. A casa está limpa, sem armazenagem de materiais não pertencentes a casa de bombas;
  2. A ventilação do ambiente é adequada;
  3. O piso da casa de bombas está livre de acúmulo de água;
  4. O acesso à casa de bombas está livre de obstruções e de fácil acesso.
  5. Existem responsáveis para acesso à casa de bombas 24h por dia.
  6. Todas as válvulas de sucção, recalque, teste e automatização estão na posição correta (abertas ou fechadas) e trancadas.
  7. Existe sistema para teste de bomba (teste anual)
  8. Todos os manômetros estão livres de danos físicos, em condição de funcionamento e se são aferidos anualmente.

 

Os manômetros em sistemas de tubo molhado devem ser inspecionados mensalmente, para assegurar que estejam em boas condições e que a pressão de abastecimento de água esteja sendo mantida.

 

Manômetros em sistema de pré-ação e de dilúvio devem ser inspecionados semanalmente para assegurar que as pressões normais do ar e da água estejam sendo mantidas. Se a supervisão da pressão do ar estiver conectada a um local com presença constante de pessoas, os manômetros podem ser inspecionados mensalmente.

 

Os manômetros devem ser substituídos ou ensaiados a cada cinco anos por comparação com manômetros calibrados. Os que não demonstrarem precisão com uma margem de 3% do fundo de escala devem ser novamente calibrados ou substituídos.

 

A supervisão remota de sinais da casa de bombas é um bom sistema de sinalização para um controle rápido e eficaz de um sistema de sprinklers. Não basta ter um excelente sistema de tubulações, bomba e válvulas, é preciso identificar de maneira prática e rápida se estes estão funcionando corretamente. A falta de um sistema adequado de sinalização pode ser comparada a um avião que não possui painel de instrumentos.

 

Para essa supervisão remota de sinais deve-se verificar se:

 

  1. O painel de controle da(s) bomba(s) está ligado;
  2. O painel de controle está na posição “automático”;
  3. Os sinais obrigatórios de serem supervisionados estão sendo feitos pela central de alarme.

 

Quanto os sinais das bombas no painel de controle devem ser verificados se existem os seguintes sinais:

 

  1. Bomba em modo manual ou desligada;
  2. Bomba em funcionamento;
  3. Falhas do sistema;
  4. Elétrica: falta de fase ou falta de corrente; e
  5. Diesel: Painel indica algum sinal de falha nas baterias.

 

As válvulas que controlam a passagem de água pela rede de incêndio exigem um programa de supervisão, pois uma só válvula fechada pode impedir a chegada de água até os sprinklers e causar a perda de toda a edificação em caso de incêndio.

 

A adoção de um programa de supervisão de válvulas reduz essa possibilidade e deve haver um responsável pela rede, conferindo e garantindo a normalidade do sistema, bem como centralizando a ação para que outras pessoas não mexam indevidamente e em momentos inoportunos.

 

Todas as válvulas maiores do que 40 mm ou que controlem o fluxo de água para mais de cinco sprinklers devem ser trancadas na posição aberta.

 

A melhor e mais econômica forma de trancamento é se utilizar de correntes e cadeados resistentes à corrosão. Para maior facilidade, devemos optar pelo uso de cadeados mestrados. As chaves devem ser distribuídas somente para pessoas autorizadas.

 

Para implementar um programa de supervisão de válvulas, o primeiro passo é identificar todas as válvulas da rede de incêndio da edificação e elaborar uma planta ou croqui (rascunho ou esboço) com a posição de cada uma delas. Isso facilita o rápido acesso, caso necessário.

 

O segundo passo é a inspeção, que deve ser semanal e feita com o croqui em mãos, para certificar que todas as válvulas foram inspecionadas. Assim, caso ocorra um sinistro sem pessoas no local, o sistema certamente não deixará de funcionar.

 

Caso haja necessidade de manutenção e fechamento de alguma válvula, deve-se utilizar sempre o sistema de identificação através de etiquetas, padronizado pelo empreendimento.

 

As inspeções devem ser semanais e verificar se as válvulas estão nas seguintes condições:

 

  1. em sua posição normal no sistema (aberta ou fechada);
  2. as válvulas estão acessíveis;
  3. estão mecanicamente danificadas;
  4. identificadas.

 

Cada válvula de controle deve ser totalmente aberta ou fechada anualmente, conforme fique normalmente fechada ou aberta, e recolocada em sua posição normal. Válvulas com colunas indicadoras devem ser abertas até que seja sentida a soltura ou torção da haste, indicando que a haste não se separou da válvula. Em válvulas com colunas indicadoras e válvula-gaveta de haste ascendente, deve-se voltar um quarto de giro da posição totalmente aberta para evitar emperramento. Este ensaio deve ser repetido toda vez que a válvula for fechada por qualquer motivo.

 

Painéis supervisores das válvulas devem ser testados semestralmente. Um sinal distinto deve indicar mudança da posição normal da válvula, tanto durante as duas primeiras voltas de um volante ou quando a haste da válvula for movimentada um quinto da distância de sua posição normal. O sinal não pode ser reiniciado em nenhuma posição da válvula, exceto na posição normal.

 

As hastes de operação de válvulas-gaveta de haste ascendente devem ser lubrificadas anualmente. A válvula deve então ser completamente fechada e aberta novamente para ensaiar sua operação e distribuir o lubrificante.

 

Os chuveiros automáticos são extremamente eficientes, porém muito sensíveis. Os cuidados são tomados desde sua fabricação, passam por uma instalação cuidadosa com ferramentas adequadas e terminam com uma rotina adequada de inspeção, teste e manutenção (ITM)

 

Para que os sprinklers funcionem corretamente, alguns pontos devem ser bem observados. Alguns danos visíveis nos sprinklers podem ser:

 

  1. Sprinklers pintados;
  2. Acúmulo de sujeira no sprinkler;
  3. Material pendurado no sprinkler;
  4. Sprinkler com defletores danificados ou sem líquido no bulbo.

 

Tais danos podem comprometer a eficiência de atuação do sprinkler em caso de incêndio.

 

Sprinklers instalados em posição upright (em pé), sendo do tipo pendente ou vice-versa, também comprometem a eficiência do jato d’água no caso de um incêndio.

 

Os chuveiros automáticos devem estar livres de corrosão, materiais estranhos, tinta e danos físicos, e devem estar instalados de acordo com a posição adequada (para cima, pendentes ou em parede lateral). Além disso, sprinklers com obstruções à descarga de água devem ser corrigidos imediatamente.

 

Os sprinklers devem ser instalados com seus defletores paralelos ao forro ou telhado, exceto se o teto tiver baixa declividade conforme exceções previstas nas normas. Caso a tubulação não acompanhe a inclinação do telhado e o mesmo for inclinado, há o comprometimento da altura dos bicos em relação ao teto, ou seja alguns ficarão próximos e outros longe e há também o risco de obstrução do padrão de descarga do bico pela própria telha.

 

Por norma, devem haver sprinklers sobressalentes nas seguintes quantidades mínimas, sendo que nenhum tipo/modelo pode ter menos de duas unidades: 06 para sistemas com até 300 sprinklers, 12 para sistemas de 300 a 1000 sprinklers e 24 para sistemas com mais de 1000 sprinklers.

 

O estoque dos chuveiros automáticos sobressalentes deve ser inspecionado anualmente quanto à quantidade e tipos de chuveiros automáticos.

 

Além disso, deve ser proporcionalmente representativo dos tipos e temperaturas dos chuveiros automáticos utilizados. O armário de sobressalentes deve estar em local coberto, protegido das intempéries e de temperaturas superiores a 38ºC.

 

Os chuveiros automáticos em serviço há mais de 50 anos devem ser substituídos, ou uma amostragem representativa de uma ou mais áreas deve ser submetida a um laboratório de ensaios. Caso aprovado, os ensaios devem ser repetidos a cada dez anos. Chuveiros automáticos com elemento de resposta rápida que estejam em serviço há 20 anos devem ser ensaiados e reensaiados posteriormente a cada dez anos.

 

Uma amostra representativa de chuveiros automáticos é formada por um mínimo de quatro peças, ou 1% do número de chuveiros automáticos do sistema, escolhendo-se o maior dos dois. Se um chuveiro da amostra não atender aos requisitos de ensaio, todos os chuveiros automáticos representados por aquela amostra devem ser substituídos.

 

A substituição dos chuveiros automáticos deve ser feita com peças que tenham as mesmas características de desempenho e construção.

 

Os chuveiros automáticos especiais e de resposta rápida devem ser substituídos somente por peças de mesma fabricação, modelo, diâmetro do orifício, limite de temperatura, características de resposta térmica e fator K.

 

Chuveiros automáticos em cabinas de pintura por spray podem ser protegidos dos resíduos de tinta com sacos de papel de baixa gramatura. Os sacos devem ser substituídos sempre que houver depósitos ou resíduos acumulados.

 

Chuveiros automáticos não podem ser alterados de maneira alguma, ou receber qualquer tipo de ornamentação, tintas ou revestimentos, exceto quando feita pelo fabricante.

 

É importante verificar se há vazamento aparente nas tubulações. Uma forma de verificação, caso não sejam visíveis os vazamentos, é conferir o comportamento da bomba Jockey (bomba de pressurização).

 

Caso ela esteja entrando várias vezes por dia, é sinal de vazamento na tubulação, conexões ou válvulas do sistema. Tubulações com corrosão aparente devem ser substituídas, pois fatalmente irão apresentar vazamento. Tubulações com danos físicos aparentes também devem ter seus trechos substituídos, pois possivelmente áreas amassadas fazem com que haja redução de vazão.

 

As tubulações e conexões devem ser inspecionadas anualmente. Devem estar em boas condições e livre de danos, vazamentos, corrosão e desalinhamento. A tubulação dos chuveiros automáticos não pode estar sujeita a sobrecargas externas causadas por materiais apoiados ou pendurados nos tubos.

 

 

Os suportes de tubulação devem ser inspecionados anualmente e não podem estar danificados ou soltos, devem ser substituídos ou reapertados.

 

A placa de identificação hidráulica deve ser inspecionada trimestralmente, se existir, para verificar se está legível e adequadamente fixada à coluna principal de alimentação.

 

Para garantir que a tubulação permaneça livre de quaisquer corpos estranhos que possam causar obstrução, deve-se conduzir uma investigação na tubulação geral e subgeral sempre que forem identificados indícios de que a tubulação esteja bloqueada.

 

Caso a investigação de obstrução indique a presença de materiais em quantidade suficiente para obstruir os sistemas de chuveiros automáticos, deve-se realizar a limpeza interna completa da tubulação. O trabalho deve ser realizado por pessoal qualificado.

 

É fundamental ressaltar a importância em relação à queda de energia, a qual pode acontecer a qualquer momento. Para esse tipo de situação, as bombas devem estar sempre prontas para funcionar. Portanto, alimentadas por um gerador movido a diesel, previamente instalado.

 

Normalmente o sistema de hidrante e sprinklers é unificado e estão ligados a uma motobomba de incêndio.

Independente de se ter uma ou duas bombas, o fato é que elas devem funcionar na falta de energia. Se o sistema é abastecido por bomba diesel e estiver com o programa de manutenção em dia, nada precisa ser feito.

 

No caso de bomba elétrica, a mesma deve estar ligada ao gerador e este em plena carga funcionar adequadamente. Caso a bomba não esteja ligada ao gerador, deverá ter sua entrada de energia independente da entrada geral da edificação.

 

Nestas duas situações, na falta de energia, a bomba de incêndio funcionará. Caso os itens citados anteriormente não estejam de acordo ou se houver um tempo prolongado de falta de energia, a edificação deve criar um plano de abandono dos ocupantes emergencialmente.

 

O correto é que as bombas estejam sempre prontas para funcionar, inclusive na falta de energia.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABSPK, Associação Brasileira de Sprinklers, Manual – Inspeção, testes e manutenção para sistemas de sprinklers – Princípios baseados na norma NFPA 25.

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 10897: Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.

SKOP, E-book: Sprinklers – O guia essencial

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