Instalação de Sprinklers em Edifícios Comerciais e Industriais: Guia Completo
O que são os sistemas de sprinklers e por que são tão importantes?
Os sprinklers são sistemas automáticos de combate a incêndio que atuam diretamente na origem do fogo. Compostos por chuveiros automáticos conectados a uma rede de tubulações com água pressurizada, eles entram em ação automaticamente ao detectar altas temperaturas. Esse sistema é essencial em edificações com grandes áreas e alto risco de propagação de fogo, como indústrias e galpões logísticos.
A grande vantagem do sistema de sprinklers é a resposta rápida e localizada ao foco do incêndio, o que pode evitar a necessidade de intervenção humana e impedir que o fogo se alastre por todo o ambiente. Em muitos casos, apenas um ou dois chuveiros são suficientes para controlar o incêndio, minimizando os danos.
Além de proteger vidas, o sistema reduz perdas materiais e pode ser decisivo para que uma empresa se recupere rapidamente após um incidente. Por isso, sua instalação está entre as principais exigências legais em projetos de segurança contra incêndio.
Quando a instalação de sprinklers é obrigatória segundo a IT-23/2025?
A Instrução Técnica IT-23/2025 define que o uso de sprinklers é obrigatório em diversas situações, principalmente em edificações com grande área construída, armazenagem de materiais combustíveis ou presença de riscos especiais. Exemplo disso são supermercados, centros de distribuição, indústrias e edifícios com múltiplos pavimentos.
A obrigatoriedade também se baseia na classificação da ocupação da edificação, carga de incêndio e área total. A norma apresenta tabelas com critérios específicos que determinam quando o sistema de sprinklers deve ser incluído no Projeto Técnico.
Vale lembrar que, mesmo quando não é obrigatório por lei, o sistema pode ser altamente recomendado como medida complementar de segurança, garantindo uma proteção mais eficiente e valorizando o imóvel perante o mercado e as seguradoras.
Etapas do projeto de um sistema de sprinklers
O primeiro passo para implantação de um sistema de sprinklers é a elaboração de um Projeto Técnico por profissional habilitado. Esse projeto deve seguir rigorosamente os critérios da IT-23/2025 e apresentar o dimensionamento hidráulico, posicionamento dos bicos de sprinklers, tipo de tubulação e localização dos registros e válvulas de controle.
É essencial considerar a setorização do sistema, o tipo de ocupação da edificação e as características dos materiais ali presentes. A escolha dos componentes também deve respeitar normas de certificação e desempenho.
Após a aprovação do projeto junto ao Corpo de Bombeiros, é possível iniciar a instalação, que deve ser feita por empresa especializada. Toda a instalação será posteriormente vistoriada para emissão do AVCB.
Tipos de sprinklers e suas aplicações
Existem diferentes tipos de sprinklers, e a escolha depende do tipo de edificação e da atividade exercida. Os modelos mais comuns são os sprinklers de resposta padrão, de resposta rápida, de cobertura estendida e os especiais para ambientes industriais ou frigoríficos.
Cada tipo possui especificações de temperatura de acionamento, vazão e cobertura, e devem ser selecionados conforme o risco de incêndio e o layout do local. A IT-23/2025 fornece orientações sobre essa escolha com base em critérios técnicos.
Além disso, é importante considerar se o sistema será úmido (com água pressurizada constante nas tubulações) ou seco (utilizado em ambientes com risco de congelamento). A correta especificação garante desempenho eficiente e evita falhas.
Cuidados durante a instalação e os testes obrigatórios
A instalação do sistema deve seguir o projeto técnico aprovado, com atenção à fixação dos bicos, distância do teto, espaçamento entre sprinklers e orientação dos jatos d’água. A utilização de materiais certificados e mão de obra qualificada é fundamental para garantir a confiabilidade do sistema.
Após a instalação, são realizados testes hidrostáticos e de funcionamento, conforme exigido pela IT-23/2025. Esses testes visam verificar a estanqueidade das tubulações, a pressão da água, a atuação correta dos dispositivos e a resposta do sistema a um possível incêndio.
Somente após a execução completa e aprovação nos testes é que o sistema pode ser apresentado para vistoria do Corpo de Bombeiros, etapa fundamental para emissão do AVCB.
Manutenção periódica e responsabilidade legal do proprietário
Mesmo com o sistema instalado e aprovado, a responsabilidade por sua manutenção contínua é do proprietário ou responsável pela edificação. A norma prevê inspeções periódicas para verificar o estado dos bicos, válvulas, tubulações e registros.
A periodicidade e o tipo de manutenção estão descritos na IT-23/2025 e devem ser seguidos à risca para garantir que o sistema funcione corretamente em caso de emergência. A negligência na manutenção pode acarretar multas, perda do AVCB e risco à vida dos ocupantes.
Empresas especializadas, como a HS Serviços, oferecem planos de manutenção preventiva, com visitas programadas e emissão de relatórios técnicos, trazendo mais tranquilidade ao responsável pelo imóvel.
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